O contato e convívio com cães estabelecem benefícios emocionais para quaisquer pessoas, independente da faixa etária ou classe social. Atualmente, os cães atuam na melhoria da qualidade de vida humana, exercendo a função de cão-guia, por exemplo. O cão-guia conduz deficientes visuais, deixando-os mais tranqüilos e seguros diante dos obstáculos da grande cidade. Além de facilitarem a inclusão social de seu dono devido ao seu cativante ‘poder’ de aproximar as pessoas, o cão-guia proporciona melhor locomoção ao seu usuário, prevendo acidentes, determinando o melhor caminho e livrando seu dono de obstáculos aéreos como galhos, por exemplo, e coisas que não são possíveis identificar com uma bengala. Porém, treinar um cão-guia requer tempo, investimento e dedicação. O trabalho de treinamento é realizado normalmente por ONGs. No Brasil, o projeto Cão-Guia de Cegos do Instituto de Integração Social e Promoção da Cidadania são atualmente os maiores centros de treinamento que estão localizados em Brasília e treinam em média sete cães por ano. Este número poderia aumentar consideravelmente se houvesse maior investimento por parte de colaboradores e patrocinadores. O preparo de um animal custa por volta de 25 mil reais. Dentre as raças mais aptas a esta função estão o Pastor Alemão, o Labrador e o Golden Retriever. Estas raças destacam-se pela sua inteligência, bom caráter, facilidade em se adaptar a diferentes situações, fidelidade, docilidade e, além disso, são sociáveis. Os filhotes são selecionados com dois meses, em seguida vão para casa de voluntários que se propõem em cuidar do animal, iniciando o treinamento, que até então é divertido para o cão. Andar de carro, entrar em lojas e restaurantes, passear por ruas tranqüilas ou movimentadas e até mesmo viajar contribui com a socialização do cão. Na maioria dos centros de treinamento, os cães retornam com um ano, em seguida passam por uma reavaliação, sendo observados nos atos comportamentais e seu estado de saúde, além das exigências em relação a pelagem, o tamanho e o peso. Quando aprovados, são encaminhados para a fase de treinamento, que dura em média seis meses. Primeiro eles aprendem os comandos básicos, como sentar, deitar, virar para a esquerda ou direita. Depois aprendem a lidar com pequenos obstáculos com degraus e pisos irregulares. Em seguida passam por simulações de situações externas, aprendendo assim a desviar de obstáculos com bancos de praça, orelhões, caixa de correio e caminhar por calçadas e faixas de pedestres. Na etapa final os cães vão as ruas vivenciar situações reais. No entanto, o deficiente visual também precisa se adaptar a este novo companheiro, o que é fundamental.
O cão permanece trabalhando por oito ou dez anos, quando envelhece é afastado do trabalho, mas pode permanecer com o dono ou com parentes e amigos. Além dos Estados Unidos e do Brasil, é possível encontrar projetos de cães-guias no Canadá, na França, no Japão, na Austrália, na Itália, em Israel e na Noruega, concluindo-se que este tipo de programa está progredindo mundialmente. A saúde do animal é de responsabilidade do veterinário, mas este profissional também é cidadão e pode contribuir com informações sobre como devemos nos comportar diante um profissional de quatro patas. 1º Enquanto o cão guia um deficiente visual, ele não pode ser acariciado ou estimulado a brincar, pois isso distrai o cão o que pode provocar um acidente. 2º Os cães são adestrados e tem horários para refeições, então não ofereça alimentos ao animal. 3º Não chame o cão pelo nome se você não for o dono do animal, isso pode desviar a atenção dele e também provocar um acidente.
Por Laís Maia (9º ano B)
Fotos: cão guia , cão guia 2